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terça-feira, janeiro 30, 2007

A minha opinião!

Ena, que grande confusão vai por aí!...

Um feto é um ser humano? E um girino, é uma rã? E um ovo, é uma galinha? E o
pai natal existe? Podes acreditar no que quiseres e actuar em consonância
com o que acreditas, não obrigues é os outros a acreditar no que tu
acreditas. A idade média e a inquisição já eram (espero eu)...

Uma vitória do sim não vai obrigar ninguém a fazer abortos, pelo contrário
vai dar a possibilidade a toda a gente de actuar livremente segundo a sua
consciência. Vai possibilitar que uns não sejam penalizados pelo
fundamentalismo de outros. Achas que um feto é um ser humano: tens toda a
legitimidade para achar isso e para actuares em conformidade, não tens é
legitimidade para me impores que eu ache a mesma coisa e para que eu actue
conforme tu achas - e isso é o não, uma forma de uma crença particular
continuar a impor-se sobre toda uma sociedade!

Nunca conheci ninguém que gostasse de abortar (e conheci muita gente que o
fez...), é das decisões mais terríveis e dolorosas que se pode tomar.
Acrescentar à dor dessa decisão a clandestinidade, com o inerente perigo de
vida (conheci várias pessoas, incluindo amigas, que morreram por sequelas de
aborto) e a ameaça de prisão, para si ou para quem a ajude (também conto
entre os meus amigos pessoas que passaram anos na prisão por terem, de
alguma forma, ajudado na prática de aborto, e eu próprio incorri várias
vezes nesse crime, inclusivé com participação directa no acto abortivo -
havendo falta de dinheiro para recorrer a clínicas clandestinas mais
sofisticadas, improvisava-se a clínica no quarto - é isto o sórdido da
clandestinidade), é, no mínimo, uma crueldade gratuita e malévola. É
inquisição no seu pior! É, mais uma vez, mandar a mulher-bruxa-demónio para
a fogueira.

Deixemo-nos de jogos de semântica! O que está em causa é se devemos ou não
continuar a castigar penalmente e fisicamente aquelas (e aqueles) que, por
qualquer motivo - doloroso, sem dúvida - tiverem que recorrer a uma
interrupção da gravidez. E a minha resposta é não! Não temos o direito de
castigar essas pessoas.

O meu voto é sim, e seria sempre sim fosse qual fosse a pergunta a referendo
desde que possibilitasse qualquer avanço civilizacional na liberalização do
aborto.

Adolfo LC (vocalista dos Mão Morta)

8 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem Canibal. NMuito bem Pexit@ do Campo.

Anónimo disse...

O Canibal mata, logo defende a morte.

Anónimo disse...

Mão Morta é mão que aborta?

pexito-do-campo disse...

Ingénuo Mão Morta é uma banda de musica, e o vocalista defende a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. e para o senhores que irónicamente me chamam canibal. eu sou a favor da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. pk n axo justo uma mulher expor a sua vida pessoal, por uma decisão mt dificil ke fez. e tambem para acabar com as clinicas clandestinas e as chamadas clinicas de vão de escada, em ke já morreram 14 mulheres vitimas de aborto mal efectuado.

Anónimo disse...

Uma opinião vindo de alguém que num concerto em Braga perguntou se queriam ver sangue e esfaquiou a própria perna, parece_me uma opinião muita válida, não haja dúvida...

Anónimo disse...

Tenho cá uma pena de a mãe do «dono» deste blog não o ter abortado... afinal, ele nem sequer era nada... e agora chateia-nos de morte!

Anónimo disse...

Sesimbra = a ignorância.
Sesimbra = pessoas com falta de intelegência.
Sesimbra = a pessoas burras que votam sempre nos mesmos partidos que as "fode". Uma autêntica vila de burros e ignorantes.

Anónimo disse...

O bebé não é um apêndice. É um ser humano único e irrepetível, diferente da mãe e do pai, com um coração que bate desde os 18 dias (quando a mãe ainda nem sabe, muitas vezes, que está grávida), com actividade cerebral visível num electroencefalograma desde as 6 semanas.