Atenção!

Todos os comentários são da inteira responsabilidade do autor.

Moderação de Comentários Activo

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Noticia do Correio da Manhã de hoje!

Edilson Silva, um jovem de ascendência cabo-verdiana, de 18 anos, começou a planear o roubo junto à estação da Fertagus do Fogueteiro, Seixal. Entrou no autocarro ao mesmo tempo que a vítima, um homem branco, com cerca de 30 anos, e sentou-se ao lado dele.

O anel de ouro que o passageiro trazia no dedo, precipitou o ataque, ocorrido quando o autocarro passava no centro da Arrentela. Aquilo que parecia ser o plano perfeito de um assalto, saiu gorado. Edilson foi esfaqueado no peito pela vítima do roubo, com a própria faca que usara para consumar o assalto. O jovem viria a morrer já no Hospital Garcia de Orta, em Almada.

O crime ocorreu pelas 21h50 de terça-feira, cerca de 15 minutos depois de o autocarro 2F da Fertagus ter saído da estação do Fogueteiro, tendo como destino o terminal fluvial do Seixal. Além de Edilson Silva e do autor do homicídio, estavam no autocarro o motorista e outros dois passageiros.

O jovem de ascendência cabo-verdiana esperou pelo momento certo. Ia assaltar o homem que estava sentado ao seu lado, mas precisava de espaço para poder fugir. Residente no centro da Arrentela, aguardou que o autocarro parasse junto à escola preparatória Nuno Álvares. “Ele residia a poucos metros da escola, por isso, segundos antes de o autocarro parar, tirou uma faca do bolso e colocou-a junto aos joelhos da vítima”, disse ao CM fonte policial.

Edilson foi rápido e exigiu o anel de ouro que a vítima trazia numa das mãos. Só que em vez de aceder, o passageiro que seguia ao lado do jovem cabo-verdiano reagiu.

Numa fracção de segundo, tirou-lhe a faca das mãos e cravou-a no peito de Edilson. O autocarro imobilizou-se e os dois homens saíram para o exterior.

“A discussão continuou e Edilson foi esfaqueado mais uma vez na barriga. Desfaleceu no chão, o que levou o autor do crime a reentrar no autocarro, que reiniciou marcha”, acrescentou a mesma fonte policial.

Populares prestaram os primeiros socorros ao jovem cabo-verdiano. Transportado de urgência ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, Edilson Silva viria a falecer pelas 23h00.

O autor do crime, um homem que permanece por identificar, seguiu viagem no autocarro da Fertagus, sem que o motorista se tenha, aparentemente, apercebido.

“Sem saber o que fazer, o motorista seguiu viagem até ao terminal fluvial do Seixal. Pelo caminho, chamou a PSP e pediu socorro para Edilson”, disse ao CM fonte da Transportes Sul do Tejo, empresa proprietária do autocarro explorado pela Fertagus.

Já no Seixal, o autor do crime fugiu e tem agora a Polícia Judiciária de Setúbal no seu encalço.

BALEADO EM TRAJOUCE

Um homem, de cerca de 25 anos, foi atingido com vários disparos de uma arma de fogo, em Trajouce, concelho de Sintra, e encontra-se internado em estado grave no Hospital Amadora-Sintra. Segundo apurou o CM, o crime ocorreu no último dia 24 a poucas horas da noite de Natal. Apesar de não se saber o que esteve na origem do tiroteio, as autoridades suspeitam de um ajuste de contas. A vítima já tinha tido problemas com a Justiça por causa de alguns processos por tráfico de droga. “Era já conhecido das autoridades”, disse uma fonte policial ao CM. Ontem ao início da noite, continuava internado em estado considerado grave. O caso foi entregue à Polícia Judiciária, com competência exclusiva na investigação destes casos. Mas ainda não houve qualquer detenção.

PORMENORES

TESTEMUNHAS

A Polícia Judiciária de Setúbal, responsável pelas investigações, já interrogou o motorista e os dois passageiros que seguiam no autocarro da Fertagus. Nenhum deles conseguiu fazer um retrato fiel do autor do homicídio de Edilson Silva.

FERTAGUS

O crime de anteontem foi o primeiro ocorrido em transportes ou instalações da Fertagus. “Foi um infeliz acontecimento que nunca tinha ocorrido em oito anos de história”, disse ao CM Cristina Dourado, administradora da empresa.

SEGURANÇA

A segurança dos passageiros da Fertagus é assegurada por uma empresa de segurança privada. Mas só nos comboios. “Só se se mostrar mesmo necessário, é que esta segurança será alargada aos autocarros”, concluiu Cristina Dourado.




In : Correio da Manhã

1 comentário:

Anónimo disse...

E agora o homem do anel é preso, porque simplesmente tentou defender-se, se calhar até já é racista. E se fosse ao contarário, se fosse a vitima do assalto a morrer. Será que a policia fazia alguma coisa.
Devia era haver mais homens do anel.