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quinta-feira, setembro 06, 2007

E é esta, hein!

Mau negócio no Benfica
TONY CARREIRA DEU PREJUÍZO EM SESIMBRA

O espectáculo de Tony Carreira, no passado dia 18 de Agosto em Sesimbra, não teve receitas para cobrir as despesas, o que representou um prejuízo de vinte mil euros. A Casa do Benfica em Sesimbra viu goradas as suas perspectivas já que o objectivo era partilhar o lucro do espectáculo com outras associações.

A primeira actuação do cantor Tony Carreira, em Sesimbra, ficou aquém das expectativas. A verba recebida pelos dois mil e duzentos bilhetes vendidos não foi suficiente para tapar as despesas inerentes com aquele que pretendia ser o maior concerto de 2007, em Sesimbra. O saldo ficou negativo em cerca de 20 mil euros. O cantor que levou o Coliseu e o Pavilhão Atlântico ao rubro não conseguiu repetir as proezas no Campo do Vila Amália. Armindo Diogo, presidente da Casa do Benfica, entidade promotora do espectáculo explicou que “quando começamos as negociações com o agente do cantor, em Setembro de 2006, nada fazia prever esta situação”. “Em Janeiro, no acto da assinatura do contrato, informaram-nos que embora não houvesse nenhum espectáculo agendado nos arredores de Sesimbra, não nos podiam prometer exclusividade”, acrescentando “sendo esta a primeira vez que o cantor actuava em Sesimbra, no pico do Verão, acreditámos que este seria um sucesso de bilheteira”. Com o passar dos meses e com o tempo a aquecer a agenda do cantor foi “engrossando” e os espectáculos gratuitos, patrocinados por Câmaras e Juntas de Freguesia foram surgindo, um pouco por todo o lado. Este poderá ter sido um dos factores que influenciou o saldo negativo – cerca de 20 mil euros - desta iniciativa da Casa do Benfica, não esquecendo também a situação financeira das famílias portuguesas. Não é difícil encher salas gratuitas mas, com bilhetes pagos tudo se torna diferente. Fazendo as contas, para quatro pessoas (uma média familiar) o custo do concerto seria 60 euros, ao que se juntaria mais alguns gastos com alimentação. “Agora há que superar a desilusão e andar para a frente” frisou Armino Diogo salientando que “com o apoio da empresa Canana e Filhos e da Câmara Municipal sanamos as questões referentes ao Grupo Desportivo de Sesimbra, o relvado e o arranjo do Muro, as que mais preocupavam. Agora, com o auxilio dos sócios vamos resolver as restantes”. “Lamento, como é óbvio, toda esta situação. Além de nos sentirmos gorados, também existe um mal-estar devido à promessa que tínhamos feito, de doar parte do lucro a outras entidades” adiantando “a Casa do Benfica tinha como objectivo ajudar outras associações do concelho, assim como promover Sesimbra turisticamente, apostando numa animação que trouxesse até nós nomes sonantes. Nesta área não discuto nomes, pois o Tony Carreira, gostem ou não, é um dos nomes mais marcantes da música portuguesa, com um currículo de sucessos”, lembrando “há três anos, quando iniciamos o nosso trabalho havia, em Sesimbra, uma lacuna nesta área que tem vindo a melhorar”. Em relação ao espectáculo “correu bem, sem incidentes de maior. Houve um desentendimento entre as fãs no decorrer da sessão de autógrafos mas nada de especial”. A pobreza em termos de assistência (2 mil e quinhentos em vez de 7 mil) foi superada pela qualidade da mesma. Como se costuma dizer “poucos mas bons”. Quanto ao futuro Armindo Diogo realçou que “nestes moldes não vamos continuar. Tivemos apoios da Câmara Municipal e da Região de Turismo da Costa Azul, em termos logísticos e no alojamento, mas a parte financeira foi toda suportada por nós”.

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Situações idênticas às de Sesimbra aconteceram este ano em várias localidades do País, onde as organizações adjudicaram o espectáculo de Tony Carreira que ronda os 40.000 € (oito mil contos na moeda antiga) mas depois não conseguiram receitas para cobrir o próprio cachet, com um preço dos bilhetes não pode ir além dos 10€/15€. Juntando a isso o facto de em várias localidades, várias autarquias proporcionarem o espectáculo gratuitamente. O espectáculo previsto para 29 de Junho no Pavilhão da Torre da Marinha, organizado pelo Futebol Clube Torrense, acabou por ser cancelado por escassez de bilhetes vendidos e devolução dos mesmos, resultando em avultados prejuízos para a colectividade e segundo tivemos acesso pelo quinzenário “Já Agora”, na Covilhã a Associação Desportiva da Estação, encontrava-se em negociações com o agente de Tony Carreira, para encontrar solução relativamente ao espectáculo que esta promoveu naquela cidade e onde teve um prejuízo, também de cerca de 20.000 €.



Notícia retirada do site http://www.jornalregional.com/

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